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SUSTENTABILIDADE EM CONDOMÍNIOS

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Sustentabilidade em Condomínios

 

Sempre que um síndico assume a gestão de um condomínio começa a se perguntar o que fazer para torná-lo sustentável. E tem que pensar, sim, nesta questão, pois a sustentabilidade é e prioritária e muito bem vista pela sociedade. Porém, o que o síndico pode fazer para tornar este condomínio sustentável? Será que os moradores deste condomínio vão aderir a esta prática?

 

Um condomínio sustentável é aquele no qual são implementadas soluções que diminuem os impactos no meio ambiente, melhoram a qualidade de vida dos seus moradores, reduzem os custos do condomínio e valorizam o patrimônio. Para que este plano tenha sucesso é preciso que haja a participação de toda a comunidade condominial, começando pelo síndico que, com o suporte de uma assessoria ambiental, deverá apresentar, em assembleia-geral, um projeto de sustentabilidade. A maior motivação para que haja a mobilização de todos é que as ações sustentáveis podem proporcionar redução da taxa de condomínio.

 

Levantamentos apontam que apenas 3% dos condomínios aplicam as práticas de sustentabilidade. Daí, começam as dúvidas para saber se as respostas acima colocadas podem ser respondidas. Um fato é certo: não é fácil implantar sustentabilidade em condomínios. Contudo, o síndico deve tentar, começando pela propagação, junto aos moradores, da ideia da sustentabilidade no ambiente condominial e de seus benefícios, para que, depois, possa aplicá-las.

 

Um bom projeto de sustentabilidade começa pela contratação de uma empresa especializada, a qual deverá inspecionar a edificação e identificar os itens que podem ser implementados. Em seguida, o síndico deverá apresentar o projeto em assembleia-geral, de modo a dar transparência e legitimidade ao pleito, e por fim, executá-lo. É importante frisar que as prefeituras mantêm programadas com incentivos financeiros para quem aderir. A manutenção desse projeto exige continuidade. Assim, o síndico deverá promover ações constantes, tais como palestras e comunicados explicativos sobre as vantagens do projeto. Vejam a seguir as práticas mais utilizadas em ações sustentáveis nos condomínios:

 

Controle hidráulico. Uma gestão ambiental eficiente sempre busca evitar o desperdício de água. Por isso, o síndico e funcionários dos condomínios precisam verificar com frequência os hidrômetros para identificar alguma alteração. É importante também estarem atentos a qualquer tipo de vazamento nas tubulações e nos reservatórios de água (caixas d’água e cisternas), e se for detectado, o vazamento deve ser corrigido imediatamente para evitar desperdícios. Outra ação que dá resultado é a instalação de redutores de vazão em saídas de água (torneiras, chuveiros). É muito importante a participação dos moradores, informando aos gestores sobre qualquer tipo de vazamentos que porventura venham a ter conhecimento, pois apoiar a sustentabilidade em condomínios é importante para realizar economias e preservar a natureza.

 

Reutilização de água: captação, armazenamento e aproveitamento da água da chuva. O síndico poderá contratar os serviços de uma empresa especializada para

 

instalar reservatórios que recebem águas fluviais que depois serão reutilizadas na limpeza das áreas comuns e na irrigação do jardim, já que essa água não é tratada. Essa iniciativa gera uma grande economia na conta de água da concessionária, a qual será destinada essencialmente para o consumo humano. Aliás, quanto mais área verde, melhor para o condomínio e, por conseguinte, para o meio ambiente. Portanto, além da reutilizar a água da chuva, o condomínio também deve contar com um poço artesiano, que oferece maior segurança hídrica ao condomínio.

 

Conta de água individualizada no condomínio. Outra ação que gera grande impacto positivo é a individualização do consumo da água fornecida pela concessionária, situação em que cada condômino fica responsável pelo pagamento da água que consome em sua unidade. O resultado é a economia de água, considerando que o consumo desse recurso passa a ser de forma consciente e racional, pois os usuários vão fazer de tudo para evitar desperdícios que possam encarecer a sua conta de água. A água é abundante no planeta, porém, pasmem, apenas 1% está disponível para consumo humano. Daí a importância do uso consciente e racional desse inestimável recurso natural.

 

Geração de energia solar. Várias empresas estão oferecendo o sistema de fornecimento de energia solar através da implantação de painéis fotovoltaicos que captam a energia dos raios solares e os transformam em energia elétrica. Este intento praticamente elimina o custo mensal da conta de energia, gerando grande economia, porém, o custo de investimento ainda é uma barreira que os condomínios enfrentam, pois é relativamente alto. No entanto, existem empresas que tem parceria com instituições financeiras que favorecem a aquisição dos equipamentos através de financiamento. Outra opção é a assinatura de energia solar, onde o fornecedor possui uma unidade produtora de energia solar e fornece para o cliente, no caso o condomínio, com redução de até 20% em relação ao custo de energia elétrica cobrada pela concessionária.

 

Economia de energia elétrica: lâmpadas led, sensores de presença. As lâmpadas led tem maior vida útil, menor consumo de energia e baixa manutenção. Instalar sensores de presença nas áreas comuns evita que as lâmpadas fiquem acesas 24 horas e, assim, a luz só ascende quando detectar a presença de alguém. Em alguns casos, é possível programar, com o uso de um timer, para que a lâmpada só acenda durante a noite. Além de promover a sustentabilidade em condomínios, essas medidas irão reduzir o consumo de energia e diminuir o valor das despesas.

 

Coleta seletiva: separação do lixo orgânico e do lixo inorgânico produzidos pelos moradores. O síndico poderá elaborar um plano de descarte correto do lixo. Os próprios moradores deverão separar o lixo orgânico e o lixo inorgânico em sacos de padrões de cores diferentes previamente definidas. O zelador recolherá os sacos com lixo inorgânico, que passará a ser tratado como resíduo reciclável, depositando este material em local adequado (contêineres), até que seja encaminhado às usinas de reciclagem. O uso deste sistema impedirá que toneladas de lixo, que levam décadas para se decompor, sejam despejadas em lixões ou até mesmo na natureza, provocando poluição e degradação ambiental.

 

Destinação dos resíduos recicláveis. Os resíduos inorgânicos, tais como papel, papelão, latas, plásticos e garrafas pet, poderão ser coletados nos condomínios e

 

encaminhados para as usinas de reciclagem localizadas na mesma cidade onde se encontram. Estas usinas são responsáveis pela produção da matéria-prima que será usada na fabricação de novos produtos. Além de evitar que este material seja descartado inapropriadamente na natureza, prejudicando o meio ambiente, este processo proporciona renda e emprego, contribuindo para a economia local.

 

Óleo de cozinha. O descarte do óleo de cozinha deve ser feito de forma adequada, por isso, nada de jogar na pia. Este mau hábito, além de agredir o meio ambiente, provoca entupimentos nas tubulações e nas caixas de gordura e, consequentemente, despesa para o condomínio, ao ter que contratar empresa desentupidora. É importante que a gestão do condomínio contrate empresas especializadas no descarte desse resíduo. Assim, os moradores colocam o óleo utilizado em garrafas e as deixam em coletores para que a empresa possa fazer a retirada e o descarte correto.

 

Descarte correto de outros materiais não orgânicos. Muitos materiais tais como pilhas, baterias, lâmpadas, cartuchos de impressora, móveis, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, entulhos de construção e restos de poda são mais difíceis de reciclar ou não são recicláveis, além de serem bastante poluentes. Portanto, deve-se ter bastante cuidado ao descartá-los. É inconcebível que esses objetos sejam jogados nas ruas, calçadas, terrenos ou até mesmo em áreas verdes, rios e praias. As prefeituras disponibilizam pontos de coletas desses resíduos sólidos, encaminhando-os ao destino correto, como aterros sanitários e usinas de incineração.

 

O resultado deste trabalho é que muitos tipos de materiais resultantes das atividades necessárias ao funcionamento do condomínio, ao invés de ter o lixão como o seu destino final, que podem acumular sujeira, provocar mau cheiro, causar doenças e outros males que assolam as cidades, será reaproveitado na produção de novos produtos que serão colocados à disposição dos consumidores, gerando renda e melhorando a economia das comunidades. O condomínio é uma célula que pode e deve contribuir para a sustentabilidade global. O condomínio sustentável é um lugar melhor para se viver. Somente a propagação da consciência ambiental possibilitará que um condomínio seja cada vez mais sustentável.

 

Paulo Sanford Feitosa é Síndico Profissional, CEO da empresa Sanford Gestão Predial, Síndico Certificado 5 Estrelas, Síndico Certificado FGV/CONASI, Economista, Bacharel em Direito, Especialista em Finanças Condominiais, Especialista em Gestão Condominial.

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